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Supino Reto - Parte 01

Afinal precisamos descer a barra até o peito?


Por: Victor Lima

Supino Reto - Parte 01

...E um fisiculturista com peito enorme, consegue ter amplitude no supino? Já pararam para pensar nisso? Essa é uma dúvida comum, vamos ver o que a ciência fala.

O supino reto é provavelmente um dos exercícios mais utilizados para o treinamento do peitoral maior, por diversas razões, como possibilidade de variações, controle do movimento, intensidade e utilização de carga. Mas ao mesmo tempo, apesar de parecer um exercício simples, o supino reto pode trazer algumas complicações se não for executado corretamente.

E quando pensamos na execução do supino reto, a amplitude do movimento é fundamental. Não falo em amplitude como algo relacionado ao maior arco de movimento, mas sim como uma trajetória que seja ótima para o desenvolvimento da musculatura alvo. E isso, traduzido em termos práticos, tem relação direta com a questão de até onde devo descer a barra no supino reto.

Antes de falarmos mais especificamente disto, precisamos entender que o supino reto é um exercício composto por dois movimentos articulares. O ombro realiza o que chamamos de adução horizontal e o cotovelo realiza uma extensão. Como a maior carga ocorre em cima da articulação do ombro e é ela que irá determinar até onde a barra desce, temos que avaliar este movimento com enfoque neste complexo articular. Sendo assim, qual a carga que o seu ombro suporta? Qual o impacto na articulação glenoumeral?

Veja a seguinte situação: Quando realizamos o exercício de supino reto, nossas costas estão apoiadas no banco, o que gera uma pressão sobre o tronco, através da gravidade. Some este fato a questão da carga externa utilizada e você terá uma pressão ainda maior na região do tronco. Com isso, suas escápulas ficam praticamente imóveis, pois a pressão da gravidade e da carga, tendem a impedir a movimentação natural delas. Continua no próximo post...

Bons treinos!

Referências: Campos, Maurício de Arruda. Biomecânica da musculação - Rio de Janeiro, editora Sprint, 2000