Uma meta-análise sobre os contraceptivos orais (pílula) foi realizada utilizando pesquisas de banco de dados (MEDLINE, EMBASE e Cochrane Central Registre de Ensaios Clínicos) e todas as publicações (da data do seu início até julho de 2012), investigando o efeito dos CO sobre os níveis de andrógenos em mulheres saudáveis. Três revisores estavam envolvidos na seleção do estudo, extração de dados e avaliação crítica.

Para a meta-análise, os dados sobre a Testosterona total, livre e SHBG foram extraídos e combinados usando análise de efeitos aleatórios. O estudo avaliou as diferenças entre os vários tipos de contraceptivos orais combinados (por exemplo, a dose de estrogénio, tipo de progesterona) e os ensaios utilizados para avaliar testosterona total e livre.

Um total de 151 registros foi identificado por revisão sistemática e 42 estudos com um total de 1495 mulheres saudáveis jovens (faixa etária: 18-40 anos). Todos os estudos incluídos mostraram que os níveis de testosterona totais e livre diminuíram significativamente durante a utilização de anticoncepcionais.

Em outro estudo foi examinado os efeitos do contraceptivo oral nas respostas musculares ao treinamento de exercício de resistência (RET). Dois grupos de indivíduos de idade 18-31 anos, as mulheres foram submetidas a 10 semanas de treinamento em membros superiores e inferiores (6-10 reps, a 75% de força máxima).

O cortisol aumentou e houve diferença no ganho de massa magra. O uso de contraceptivo oral prejudicava ganhos musculares em mulheres jovens, que foi associado com baixa de DHEA, DHEAS e IGF1 e aumento do cortisol. O ganho de massa magra diminuída pode estar relacionado com a androgenicidade de progestina que se pode ligar ao receptor de androgénio e inibir a sua função. A pílula aumenta a circulação da globulina ligadora dos hormônios sexuais (SHBG), uma proteína que carrega a testosterona no sangue tornando-a inativa.

Bons treinos!