Já vimos, seleção dos exercícios, amplitude, cadência e carga, mas e o intervalo entre as séries? Veja como importante não ficar no celular e atrapalhar o treino de quem realmente quer ter resultados, e quantas variáveis existem em um único treino.
Como praticamente todos os assuntos que se relacionam com a ciência da musculação e que foram amplamente estudados, não temos uma resposta definitiva, um número mágico que se encaixe para qualquer um. Por isso determinar que exista um tempo de intervalo exato, que se enquadre para qualquer seria praticamente impossível.
Fleck & Kreamer (2006) dizem que: A duração de um período de recuperação é um importante componente estrutural que deve ser levado em conta, haja visto que diferentes intervalos de recuperação (IR) modificam as respostas metabólicas, hormonais e cardiovasculares a um estímulo de exercício resistido, assim como o desempenho das próximas séries.
Gentil (2006), intervalos curtos não são indicados e poderiam ser prejudiciais aos treinos tensionais da hipertrofia, pois estes poderiam reduzir a capacidade de suportar altas cargas de treinamento subsequente e assim levar a um sub aproveitamento de uma das características essenciais do treino de força: a intensidade que o estresse mecânico causa. Assim, o IR entre os estímulos tensionais deve ser longo o suficiente para que seja possível continuar a utilizar cargas elevadas, sem que, no entanto, seja possível remover completamente um possível efeito acumulativo do estímulo tensional.
Já um estudo publicado no J Strength Cond Res. 2010 por Rahimi et al objetivou medir os níveis de GH e Testosterona pós treino de musculação em diferentes intervalos entre as séries. Foram comparados 60seg, 90seg e 120seg de intervalo e medidos os níveis de Testosterona e GH logo após e 30 min após o treino de Musculação. Os resultados demonstraram que o intervalo de 60seg foi o que mais aumentou a concentração de GH pós treino e isso pode ser um importante indicativo quando se fala em emagrecimento.
Cabe ao bom professor decidir o que é melhor para o seu aluno.
Bons treinos.
Referências:
FLECK, S.; Kreamer, W. J. Mulheres e Treinamentos de Força. In: Fundamentos do treinamento de força muscular. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. 269-291 p.
GENTIL, P. Bases Científicas do Treinamento de Hipertrofia. 2 Ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2006.